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De acordo com a atualização mais recente, em 07 de setembro, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,24/ litro (ou -7,9%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se a leve desvalorização de 0,3% no preço internacional do diesel, balanceado pela redução de 0,3% na taxa de câmbio (R$/US$), com relação à semana anterior (30/8). Não houve ajustes no preço de refinaria doméstico do diesel na semana em análise.

Veja o histórico dos últimos 12 meses no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 30 de agosto a 7 de setembro), o preço do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,26/litro (ou -8,3%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,39/litro (ou -12,1%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 07 de setembro. O resultado teve influência da acentuada queda de 9,8% no preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. O preço de refinaria nacional da gasolina, também, não foi ajustado, na semana em análise.

Acompanhe a variação nos últimos 12 meses:

Na média semanal (de 30 de agosto a 7 de setembro), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou em R$ 0,49/litro (ou -14,7%) abaixo do preço do Golfo do México.

No período em análise, o preço do barril de petróleo tipo Brent, além de permanecer sob influência dos efeitos da pandemia do coronavírus (Covid-19), também continuou influenciado pelos desdobramentos do furação Ida. O segundo semestre tem diminuído o otimismo com a recuperação da atividade econômica mundial. O avanço da pandemia nos Estados Unidos (EUA) e no continente asiático tem sido o principal freio para a normalização dos fluxos econômicos e de pessoas. O risco de novos surtos no continente europeu, a despeito da ampla imunização, é monitorado de perto pelo mercado de energia. O alerta da Organização Mundial de Saúde a respeito do aumento de 11% do número de mortes alimentou as preocupações do mercado de óleo e gás, receoso com a possível queda de demanda. A aceleração da imunização nos EUA e na União Europeia, e o rápido controle de possíveis novos surtos na China são ações fundamentais para sustentar a recuperação econômica global. No curto prazo, o fim do verão no hemisfério Norte é a variável que deve ditar a redução no consumo do petróleo e consequentemente o valor internacional do barril.

Na semana em análise, a cotação internacional do barril de petróleo oscilou negativamente. O petróleo tipo Brent fechou a semana com a desvalorização de 2,34%, abatendo pequena parte dos ganhos da última semana analisada. Embora a economia dos EUA tenha registrado melhora nos índices de desemprego, os dados foram decepcionantes comparado as expectativas de analistas. Ainda que os pedidos de seguro-desemprego tenham caído 14 mil, atingindo o menor patamar desde o início da pandemia, o saldo de empregos em agosto foi muito abaixo do estimado. De acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA, 235 mil vagas foram criadas em agosto. Comparado ao otimismo calculado em 720 mil vagas, o sinal é de desaceleração e não contínuo crescimento da economia. A destruição causada pelo furação Ida, também, impacta a cotação da commodity. Em processo de reativação, algumas unidades de produção e refino continuam inativas no Golfo do México.

Por outro lado, os dados semanais do estoque de petróleo bruto, disponibilizado pelo Departamento de Energia Americano (DOE), surpreenderam o mercado. A queda nos estoques, de 7,1 milhões barris, excedeu, com folga, a expectativa dos analistas, de redução em 2,8 milhões de barris.

Em breve reunião, na última semana, os países membros da OPEP+ optaram por prosseguir com o cronograma anterior nos aumentos da produção. Gradualmente, de agosto até dezembro, o bloco vai aumentar a oferta em 400 mil barris por dia. A manutenção dessa quantidade e do calendário não atende aos interesses dos EUA, que demandavam o incremento na oferta para conter possíveis pressões inflacionárias decorrentes de uma possível superdemanda.