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De acordo com a atualização mais recente, em 23 de agosto, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,15/ litro (ou -5,1%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se a queda de -2,5% no preço internacional do diesel, balanceado pela valorização de 2,3% na taxa de câmbio (R$/US$), com relação à semana anterior (16/8). Não houve ajustes no preço de refinaria doméstico do diesel na semana em análise.

Veja o histórico dos últimos 12 meses no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 16 a 23 de agosto), o preço do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,12/litro (ou -4,2%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,36/litro (ou -11,5%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 23 de agosto. O resultado teve influência da queda de -3,4% no preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. O preço de refinaria nacional da gasolina, também, não foi ajustado, na semana em análise.

Acompanhe a variação nos últimos 12 meses:

Na média semanal (de 16 a 23 de agosto), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou em R$ 0,32/litro (ou -10,4%) abaixo do preço do Golfo do México.

No período em análise, o preço do barril de petróleo tipo Brent permaneceu sob influência dos efeitos da pandemia do coronavírus (Covid-19). A disseminação da variante Delta tem agravado os riscos de retomada das restrições sociais, fato que pode afetar a demanda e, consequentemente, vem influenciando a cotação do barril de petróleo. O aumento tanto do número de infectados quanto de óbitos nos Estados Unidos (EUA) e na China, maiores consumidores da commodity, tem desaquecido à demanda por energia e desestimulado a reativação econômica mundial. O desinteresse pela imunização nos EUA e a elevada população Chinesa dificultam a contenção de novos surtos, o que compromete a confiança de investimentos no setor de óleo e gás. Somados a aproximação do fim do verão no hemisfério Norte, período de maior consumo, a epidemia pode derrubar mais ainda os preços do petróleo.

Na semana em análise, houve o aprofundamento das perdas no valor do barril de petróleo. O petróleo tipo Brent fechou a semana com a desvalorização de 7,66%, atingindo o menor valor desde maio. Embora a economia dos EUA tenha registrado melhora nos índices de desemprego, com os pedidos de seguro-desemprego abaixo das projeções, o panorama epidemiológico e de consumo do petróleo pesou para a cotação da commodity. O registro, na terça-feira (17/08), de mais de mil mortes, pela primeira vez desde março, sinalizou que a pandemia poderia avançar em meio ao vácuo de vacinação nos EUA. O medo de contrair o vírus pode abalar tanto a procura quanto a oferta por empregos. Os dados semanais do estoque de petróleo bruto, disponibilizado pelo Departamento de Energia Americano (DOE), também decepcionaram, pois, a alta de 696 mil barris contrariou a expectativa dos analistas de queda de 2,1 milhões de barris.

Os dados da atividade econômica na China e os novos surtos na região da Ásia-Pacífico foram os principais contribuidores para as perdas na cotação internacional do petróleo. A disseminação da variante Delta na China e no Japão tem levado os respectivos governos a endurecer as medidas de restrição social. Com efeito, bolsas financeiras na região continuaram a retroceder, ainda receosas após o registro na última semana da contração da atividade industrial e das vendas no varejo chinês em julho. A interrupção parcial do segundo maior porto Chinês, o Ningbo-Zhoushan, em decorrência de surtos pontuais de COVID-19, também corroborou para as perdas das comodities. A inatividade desse porto significou a piora do gargalo no abastecimento das cadeias produtivas globais. O desabastecimento e o aumento do custo de transporte foram os riscos significativos para a economia mundial. Junto as anteriores revisões negativas do Produto Interno Bruto (PIB) chinês e incertezas futuras, o esfriamento na demanda por petróleo guiou as perspectivas na última semana.