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De acordo com a atualização mais recente, em 11 de julho, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,07/litro (ou 1,3%) acima do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se à queda de 4,4% no preço internacional do diesel, e ao aumento de 0,8% da taxa de câmbio (R$/US$) com relação à semana anterior (4/7). Durante o período de referência não houve reajustes no preço do diesel nas refinarias nacionais.

Veja o histórico dos últimos 2 anos no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 4 a 11 de julho), o preço do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,20/litro (ou 3,91%) acima do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,79/litro (ou -16,3%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 11 de julho. O resultado teve influência do aumento de 1,4% do preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. Durante o período de referência não houve reajustes no preço da gasolina nas refinarias nacionais.

Acompanhe a variação nos últimos 2 anos:

Na média semanal (de 4 a 11 de julho), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou R$ 0,69/litro (ou -14,5%) abaixo do preço do Golfo do México.

Na semana de análise, o valor do barril de petróleo voltou a apresentar perdas, pressionado, sobretudo, pelas preocupações sobre uma possível recessão econômica global, corroboradas por novos casos de coronavírus (Covid-19) ao redor do mundo. O conjunto de fatores que atinge o mercado de energéticos hoje, decorrente das crises políticas e econômicas globais, configuram o que vêm sendo denominado por especialistas como uma “tempestade perfeita”, alimentada, tanto pela especulação de desaceleração iminente nas economias avançadas, quanto por uma dinâmica de oferta e demanda restrita na indústria de óleo e gás.

No lado da demanda, a pandemia volta ser um ponto de preocupação de agentes do setor. Em Xangai, foram registrados aumentos de casos de Covid-19 por quatro dias consecutivos, impulsionando duas novas rodadas de testagem em massa. No Japão, foram reportados 11.511 novos casos de infecção, mais do que o dobro da semana anterior, e a maior alta dos últimos 4 meses. Não só na Ásia foram identificadas novas ocorrências. Nos EUA, no Brasil e em países da Europa, as subvariantes BA.4 e BA.5 da Ômicron já são responsáveis pela maior parte das infecções, no entanto, autoridades da área de saúde, em nível nacional e internacional, ainda estudam a letalidade das mutações e qual a melhor maneira de combatê-la. Traders no mercado de petróleo aguardam com atenção as novas diretrizes sanitárias e a possibilidade de impactos na demanda.

Ainda em relação à especulação de queda no consumo de petróleo no curto prazo, o Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos (FED, na sigla em inglês) anunciou a permanência de sua política fiscal mais agressiva, com aumentos consecutivos na taxa de juros. A premissa do órgão é o combate à inflação, porém, sua postura, somada às condições econômicas e políticas críticas da Europa, desenham o cenário ideal para uma recessão global. Nesta situação, a queda na atividade econômica traria consigo a redução da demanda por energéticos, como já foi visto em momentos semelhantes.

Ainda que as forças de baixa tenham predominado no período de referência, alguns acontecimentos sustentaram os preços do ativo. A crise política na Líbia e as interrupções nos sistemas de oleodutos da Nigéria continuam restringindo a oferta de petróleo dos países, causando desfalque na produção total de membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+). A Rússia ordenou a suspensão temporária dos carregamentos de óleo do terminal CPC, no Mar Negro, por onde cerca de 30 milhões de barris do Cazaquistão são exportados mensalmente. O peso desses eventos recai, sobretudo, na Europa, onde as alternativas para a obtenção de energéticos se tornam cada vez mais escassas.