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É o maior nível da série histórica da ANP, em volume e proporção; falta de infraestrutura é o principal motivo

 

Quase metade da produção de gás natural no Brasil retornou aos poços no ano passado. São 22,2 bilhões de metros cúbicos, ou o equivalente a 45% do volume produzido no período. Esse é o maior valor da série histórica da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

A reinjeção de gás tem aumentado nos últimos anos, principalmente a partir de 2019, quando saltou 10 pontos percentuais em relação a 2021, de 35% para 45%.

Cerca de 85% do gás natural produzido no Brasil está associado ao petróleo. Ou seja, ambos estão presentes nos reservatórios. Para produzir óleo, as empresas têm que extrair gás natural. Segundo o sócio-fundador e diretor da CBIE Advisory, Bruno Pascon, nesse caso, as petroleiras têm duas opções: comercializar o gás natural ou reinjetá-lo.

Em países com um perfil similar de produção, como Noruega, Nigéria e Argélia, as taxas de reinjeção de gás são mais baixas que a do Brasil. Variam de 20% a 35%. “Se tem muito gás associado ao petróleo, é natural que o nível de reinjeção seja maior que em uma situação em que o gás não é associado ou em países em que o percentual de gás associado ao petróleo é menor“, disse Pascon.

 

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Publicado originalmente por Lais Carregosa para o Poder360.
Crédito da imagem: (Por Phonix_a Pk.sarote/ Shutterstock)