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Por Vitor Brown para Jovem Pan

Especialistas estiveram na Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, nesta terça-feira (19), para discutir o projeto que acabaria com o direito de preferência da Petrobras nos leilões do pré-sal. O texto é de autoria do senador José Serra (PSDB-SP).

O gerente-executivo da Petrobras, Fernando Assumpção Borges, apontou problemas no regime de partilha de produção, que prevê prioridade à estatal. “Na partilha, a interferência do governo pode impactar a economicidade dos projetos, tanto pela escolha do modelo ótimo de produção, quanto pelo possível atraso nas decisões do consórcio”, disse.

O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires Rodrigues, disse que a preferência não justifica. “Eu acho que não faz sentido a Petrobras ter preferência. A Petrobras é uma empresa que tem uma eficiência enorme, uma das mais petroleiras do mundo. Ela não precisa de nenhum tipo de benefício”, concluiu.

Já os trabalhadores do setor são contrários à mudança. O representante da Federação Única dos Petroleiros, o técnico Willian Nozaki, afirma que a Petrobras fica exposta a um alto risco quando assume a exploração de áreas desconhecidas. “Porque é fácil reivindicar os retornos dos ativos que foram descobertos pela Petrobras depois que a empresa estatal absorveu o risco de exploração. Difícil é desbravar essas fronteiras antes delas serem descobertas e assumir esse conjunto de riscos e enfrentar esse momento da concorrência e da competição.”

O projeto de lei debatido no Senado propõe acabar com o direito de preferência da Petrobras e possibilitar a licitação para concessão de blocos na área do pré-sal em situações que sejam mais vantajosas ao país.

(Fonte: JP)