Lições de Belo Monte para o futuro da Margem Equatorial
Preocupação com impactos ambientais é, novamente, o maior impedimento para um projeto com alto potencial de ganhos ao país, escreve Adriano Pires
Com as intensas discussões sobre a exploração da Margem Equatorial nos últimos meses, a dicotomia entre o interesse nacional e a preservação do meio ambiente voltou à evidência. Sendo cerca de 60% do território brasileiro localizado na área da Amazônia Legal, o equivalente a 5 milhões de km², é evidente que, cedo ou tarde, o uso dos recursos naturais ali localizados entrariam em conflito com a proteção do meio ambiente.
Nesse sentido, exceto por atividades do setor agropecuário ou de mineração, poucos casos alcançaram repercussão em nível nacional como o da Usina Hidroelétrica Belo Monte. A usina é um empreendimento diretamente relacionado ao setor de energia, com alto impacto social e destaque internacional, logo, é interessante desenhar um paralelo entre os acontecimentos da época e o debate atual sobre a Margem Equatorial.