Petrobras e concorrentes fazem planos divergentes
Petrobras e concorrentes fazem planos divergentes (Fonte: Reprodução)
Por André Ramalho, para o Valor Econômico
RIO – Enquanto as grandes petroleiras internacionais diversificam sua atuação e ampliam a presença nos segmentos petroquímico e de energias renováveis, a Petrobras caminha para se tornar uma empresa cada vez menos verticalizada. Com as atenções voltadas para o pré-sal, a empresa se concentra na produção de petróleo e gás e prepara um plano agressivo de venda de ativos para reduzir a dívida e aumentar a rentabilidade.
Analistas consultados pelo Valor se dividem sobre essa estratégia, que faz com que a companhia se afaste de negócios promissores e que vêm despertando o interesse de suas concorrentes, diante das perspectivas de queda no consumo de combustíveis fósseis no longo prazo.
Roberto Castello Branco assumiu a estatal com o discurso de privilegiar o “core business” e, em dois meses, já manifestou a intenção de vender a Braskem, a Liquigás e reduzir a participação da empresa no refino e na BR Distribuidora.
Para o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, como líder no pré-sal, qualquer investimento da Petrobras em outras áreas significa investir em ativos de menor rentabilidade.