Preços dos combustíveis na refinaria seguem defasados com relação à referência internacional
De acordo com a atualização mais recente, em 17 de maio, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,30/ litro (ou -9,8%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se ao aumento de 2,3% no preço internacional do diesel, com relação ao preço da semana anterior (10/5), somado a elevação de 1,0% na taxa de câmbio (R$/US$). Não houve ajustes no preço doméstico do diesel na semana em análise.
Veja o histórico dos últimos 12 meses no gráfico abaixo:
O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,52/litro (ou -16,6%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 17 de maio. O resultado teve influência do aumento de 1,1% no preço internacional da gasolina, com relação à semana anterior, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. O preço da gasolina na refinaria nacional, também, não foi ajustado pela Petrobras no período em análise.
Acompanhe a variação nos últimos 12 meses:
No período em análise, o preço do barril de petróleo tipo Brent permaneceu sob influência da pandemia do coronavírus (Covid-19). Desta vez, as expectativas sobre a recuperação da demanda ganharam impulso com o sinal de recuperação da demanda nos Estados Unidos (EUA), na Europa e em parte da Ásia. Por outro lado, os surtos de Covid-19 em alguns países do Sudeste Asiático, especialmente na Índia, continuam a afetar as perspectivas de consumo da commodity.
Os contratos futuros da commodity, também, foram influenciados pelo retorno do funcionamento do oleoduto Colonial, que foi alvo de um ataque cibernético nos EUA. A agência de notícias Bloomberg informou que a operadora do oleoduto pagou um resgate de US$ 5 milhões aos hackers que atacaram seus sistemas.
Outro fator que motivou a variação do preço do petróleo, foi a baixa nos estoques semanais de petróleo dos EUA. Além disso, na divulgação do seu relatório mensal, a Agência Internacional de Energia (AIE) disse que o excesso de oferta de petróleo criado pela pandemia foi eliminado. Houve, ainda, a influência dos números inesperadamente altos da inflação dos EUA, que alimentaram a preocupação dos agentes sobre a possiblidade de que o Banco Central norte-americano, Federal Reserve (Fed), possa precisar apertar sua política monetária um pouco mais cedo do que o previsto, resultando em menos liquidez do mercado e menor demanda por petróleo.