Problema é falta de carga, não preço do diesel, dizem distribuidoras
<em><a href=”http://bit.ly/2UfC8N3″>Por Denise Luna, para O Estado de S.Paulo</a></em>
<a href=”https://cbie.com.br/imprensa/problema-e-falta-de-carga-nao-preco-do-diesel-dizem-distribuidoras/attachment/mkt_2019_imagem_destacada_cbie_na_midia_estadao_27_03/” rel=”attachment wp-att-2268″><img class=”size-full wp-image-2268″ src=”http://cbie.com.br/wp-content/uploads/2019/03/MKT_2019_imagem_destacada_cbie_na_midia_estadao_27_03.jpg” alt=”Problema é falta de carga, não preço do diesel, dizem distribuidoras ” width=”1170″ height=”495″ /></a> Greve dos caminhoneiros parou o País em maio de 2018. (Foto: Felipe Rau/Estadão)
RIO – O presidente-executivo da <strong><a href=”https://somosplural.com.br/”>Plural</a></strong>, Leonardo Gadotti, entidade que reúne gigantes como a <strong><a href=”http://www.br.com.br/”>BR Distribuidora</a></strong>, <a href=”https://www.raizen.com.br/”>Raízen</a> (<em>joint venture</em> entre <strong><a href=”http://www.cosan.com.br/pt-br”>Cosan</a> </strong>e <a href=”https://www.shell.com.br/”><strong>Shell</strong></a>) e <strong><a href=”https://portal.ipiranga/wps/portal/ipiranga/inicio”>Ipiranga</a> </strong>(do <strong><a href=”http://www.ultra.com.br/”>Grupo Ultra</a></strong>), não vê problemas para a concorrência de mercado n<a href=”https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,petrobras-anuncia-cartao-caminhoneiro-que-permitira-comprar-diesel-com-preco-fixo,70002768323″><strong>a nova alteração da política de preços da Petrobras</strong></a>, anunciada nesta manhã. Segundo Gadotti, desde que os ajustes de preço não sejam previamente anunciados, e continuem tendo como parâmetro o mercado internacional, o mercado não será contra.
“Esse anúncio não quer dizer que a empresa mudou de política, ela se protege, vai se ressarcir com o tempo, os preços continuam livres com paridade internacional, e isso agrada o mercado”, disse Gadotti ao Estadão/<em>Broadcast</em>.
Nesta terça-feira, 26, a <a href=”http://www.petrobras.com.br/pt/”><strong>Petrobras</strong> </a>anunciou que os ajustes do preço do diesel, que vinham sendo no máximo semanais, passarão a ser no mínimo quinzenais, o que permite à estatal manter o preço congelado por tempo indeterminado, apesar de negar que pretenda fazer isso. “A espinha dorsal não foi alterada”, reforçou Gadotti.
De acordo com o executivo, que não acredita em uma nova greve de caminhoneiros pela alta do diesel – apesar dos rumores de que estaria sendo programada uma paralisação em 30 de março -, o caminhoneiro está sofrendo com a falta de carga por causa da estagnação do Produto Interno Bruto (PIB), e não pelo preço do diesel. Mais cedo, o líder dos caminhoneiros afirmou que o anúncio da Petrobras não evitaria completamente uma greve.
“O preço do diesel não é problema, de janeiro a março, na média Brasil, subiu 3% na bomba (de abastecimento), enquanto o preço do diesel na refinaria subiu 21% no mesmo período. Isso mostra a beleza da concorrência, cada um segurou como pôde para vender mais”, informou.
Já as vendas, segundo Gadotti, estão estagnadas no mesmo nível do ano passado, refletindo a crise econômica do País. “De 2009 para 2016 a frota de caminhões cresceu 35% e o PIB só encolheu depois disso ou cresceu pouco. Falta carga, esse é o problema”, afirmou.
Também o <strong>diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) Adriano Pires,</strong> avaliou que enquanto a Petrobras se mantiver monopolista no refino não será possível separar sua atuação no mercado da atuação como instrumento de política pública. Ele afirmou que a mudança na política anunciada deve inclusive prejudicar a venda das refinarias.
“Se você não tiver essa sensibilidade política e fizer como o Pedro Parente dando ajustes diários, vai acontecer como aconteceu em maio, você sofreu uma intervenção de verdade”, ressaltou <strong>Pires</strong>, se referindo à política de preços da gestão Pedro Parente que desencadeou uma greve de caminhoneiros, resolvida pelo governo <strong><a href=”https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/06/divergencias-sobre-politica-de-precos-levam-parente-a-deixar-petrobras.shtml”>com a demissão do executivo e uma subvenção ao preço do diesel.</a></strong>
O consultor lembrou que o diesel está subindo muito no mercado internacional, e que mesmo que não seja possível fazer proteção por um longo tempo através de <em>hedge</em>, como a estatal anunciou, o valor descontado será compensado em curto espaço de tempo, o que mantém uma certa concorrência no mercado, mas não deixa de ser um artificialismo. “O cara que quer comprar a refinaria quer ter liberdade de ajustar o preço quando quiser, como quiser, isso agora é artificialismo”, disse <strong>Pires</strong>.
<a href=”http://bit.ly/2UfC8N3″><em>(Fonte: Estadão)</em></a>