Programa social da Petrobras não altera preço do botijão
A afirmação é do diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires
O anúncio feito ontem pela Petrobras da criação de um programa social, que destinará R$ 300 milhões em 15 meses para apoiar famílias em situação de vulnerabilidade social e contribuir com o acesso a insumos essenciais, com foco no gás de cozinha, “não tem nada a ver” com o preço do botijão de 13 quilos. A afirmação é do diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, para quem a estatal está sendo pressionada politicamente devido aos preços do GLP, o que a levou a tomar a medida anunciada ontem, de forma a mostrar à sociedade que a empresa está atenta às causas sociais.
“Para a Petrobras, gastar R$ 300 milhões em 15 meses não é nada. O programa social da Petrobras vai ajudar, mas nem é tanta gente”, diz Pires, citando a quantidade de inscritos em programas como o Cadastro Único, destinados a pessoas de baixa renda.
De acordo com os dados oficiais do Ministério da Cidadania, o Cadastro Único tinha, em junho, 30,3 milhões de famílias inscritas, enquanto o Bolsa-Família beneficiou, em setembro, 14,6 milhões de famílias.
Pires apoia a iniciativa da Petrobras e afirmou que ela valoriza a empresa, não mexe na política de preços e não prejudica o acionista, mas ressalva: “Esses R$ 300 milhões não têm nada a ver com o preço do gás”, frisa, lembrando que o anúncio não descarta a possibilidade de que a estatal destine recursos para outros apoios além do botijão. “Poderia ser compra de cesta básica”, diz Pires, explicando que quando você oferece a cesta básica para o extrato mais pobre da população, indiretamente você permite que parte da renda seja destinada a outros insumos, como por exemplo o gás de cozinha.
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