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<a href=”https://cbie.com.br/imprensa/promessa-de-energia-barata-anima-industria/attachment/mkt_2019_imagem_destacada_cbie_na_midia_estadao_18_03/” rel=”attachment wp-att-2182″><img class=”size-full wp-image-2182 aligncenter” src=”http://cbie.com.br/wp-content/uploads/2019/03/MKT_2019_imagem_destacada_cbie_na_midia_estadao_18_03.png” alt=”Promessa de energia barata anima indústria” width=”600″ height=”400″ /></a>

<em><a href=”http://bit.ly/2OdPWlU”>Por Anne Warth e Renata Agostini, para O Estado de São Paulo</a> <a href=”http://bit.ly/2Y7ydAQ”>e revista EXAME. Colaboraram Fernanda Nunes e Denise Luna.</a></em>

BRASÍLIA – <a href=”https://tudo-sobre.estadao.com.br/paulo%20guedes”>Anunciada pelo ministro da Economia</a>, <a href=”https://tudo-sobre.estadao.com.br/paulo%20guedes”>Paulo Guedes</a>, como uma das medidas para retomar o crescimento do País, o “choque da energia barata” já movimenta a indústria. Sob a liderança da Associação Brasileira de Grandes Consumidores (Abrace), empresários têm levantado dados para a equipe econômica na esperança de acelerar as iniciativas para abrir o mercado de gás e acabar com o monopólio da <a href=”https://tudo-sobre.estadao.com.br/petrobras”>Petrobras</a> na área.

Mesmo sem um plano ainda estruturado, Guedes tornou o assunto público, deixando claro que não vai aceitar propostas intervencionistas que criem ou ampliem subsídios, como a <a href=”http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/579.htm”>famosa Medida Provisória 579, de 2012</a>. Lançada pela ex-presidente Dilma Rousseff, ela reduziu a conta de luz em 20% em 2012, mas acabou resultando num reajuste de 50% em 2015. Em entrevista ao Estadão/Broadcast, o ministro afirmou que deseja promover um “choque liberal na energia”, com o aumento da concorrência e fomentando investimentos no setor. Seu foco, afirmou, é baratear em até 50% o custo do gás natural para “reindustrializar” o País.

<a href=”https://cbie.com.br/artigos/como-a-eletricidade-chega-ate-sua-casa/attachment/50/” rel=”attachment wp-att-1407″><img class=”size-full wp-image-1407″ src=”http://cbie.com.br/wp-content/uploads/2018/10/50.jpg” alt=”Promessa de energia barata anima indústria” width=”760″ height=”330″ /></a> Segundo a Abrace, cada R$ 1 a menos no custo da energia representa um aumento da riqueza nacional de quase R$ 4 bilhões em dez anos. (Foto: Reprodução)
<h6>Energia</h6>
O anúncio de Guedes pegou alguns de seus auxiliares de surpresa, já que o tema ainda não está maduro dentro da equipe econômica. Há, por ora, iniciativas que já vinham sendo tocadas pela <a href=”http://www.anp.gov.br/”>Agência Nacional de Petróleo (ANP)</a>, com regulamentações do setor, e pela Petrobras, com a venda de ativos.

A fala de Guedes, porém, foi suficiente para animar o setor privado. Em carta assinada por 15 associações, o presidente da Abrace, Paulo Pedrosa, reconhece que medidas de intervenção e o uso de estruturas estatais para financiar o setor já se esgotaram e se mostraram ineficientes. O grupo defende medidas que elevem a competição e a competitividade no setor, além do enfrentamento de questões como privilégios e subsídios que, na avaliação dele, elevaram o insumo a um nível “insustentável”. “Não é uma redução de custos por mágica, mas por mérito”, disse.

Segundo a Abrace, cada R$ 1 a menos no custo da energia representa um aumento da riqueza nacional de quase R$ 4 bilhões em dez anos. “Preços competitivos de gás e energia podem agregar 1% de crescimento anual ao PIB e gerar 12 milhões de empregos no mesmo período”, diz o documento. A entidade destaca que, para a indústria, a energia aumentou três vezes mais que a inflação desde 2000. No caso do gás, o aumento foi quase sete vezes superior à inflação no período.

Para Pedrosa, o ministro tem liderança para promover a modernização do setor, com apoio de governadores e do setor privado. A carta é assinada por associações de indústrias de alimentos, cloro, têxtil, vidro, ferroligas, cerâmica, veículos, mineração, aço e de defesa do consumidor.

O presidente da <a href=”http://abal.org.br/”>Associação Brasileira do Alumínio (Abal)</a>, Milton Rego, disse que o custo da energia é essencial para o setor. Segundo ele, o Brasil produziu no ano passado 700 mil toneladas de alumínio, menos da metade dos 1,7 milhão de 2008. “Temos de abrir o mercado. Casos como vimos em São Paulo, com reajuste da ordem de 30%, acontecem porque temos pouquíssimos players no mercado, e eles compram tudo de uma empresa só: a Petrobras.”

O presidente da <a href=”https://www.abiquim.org.br/”>Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim)</a>, Fernando Figueiredo, disse que o setor é o maior consumidor de gás do País. “Não queremos energia barata, mas, sim, energia competitiva. Somos totalmente contra mais subsídios e intervenções”, disse Figueiredo.

O diretor do <strong>Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires,</strong> disse que a ideia do ministro é bem-vinda, mas também levanta preocupações. “Só vamos baixar o preço se houver aumento de oferta. Não é com a caneta do ministro, do regulador ou do presidente. Já vivemos isso antes e sabemos quem paga a conta no final”, disse, em referência à MP 579.

O presidente da <a href=”https://www.abegas.org.br/”>Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (ABEGÁS)</a>, Augusto Salomon, disse esperar que o governo cumpra os contratos de concessão com as distribuidoras até o fim. Ele destacou que os próprios Estados têm participação relevante nessas empresas.

O presidente da <a href=”http://www.petrobras.com.br/pt/”>Petrobrás</a>, Roberto Castello Branco, reconheceu que o gás é um custo importante para a indústria e que o tema está sendo debatido com o governo.

“Estamos trabalhando com os Ministérios da Economia, de Minas e Energia e ANP para mudar esse ambiente, esse arcabouço institucional, tanto no que diz respeito às regulações, às leis e, principalmente à Constituição, para que esse potencial de riqueza do Brasil seja explorado”, disse.

(Fonte: <a href=”http://bit.ly/2OdPWlU”>Estadão </a>/ <a href=”http://bit.ly/2Y7ydAQ”>Exame</a>)