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De acordo com a atualização mais recente, em 22 de novembro, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,20/litro (ou -5,6%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se a queda de 3,7% no preço internacional do diesel, junto ao aumento de 3% na taxa de câmbio (R$/US$), com relação à semana anterior (15/11). Não houve ajustes no preço de refinaria doméstico do diesel na semana em análise.

Veja o histórico dos últimos 2 anos no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 15 a 22 de novembro), o preço do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,22/litro (ou -6,1%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,27/litro (ou -7,8%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 22 de novembro. O resultado teve influência da queda de 4,6% no preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. O preço de refinaria nacional da gasolina, também, não foi ajustado, na semana em análise.

Acompanhe a variação nos últimos 2 anos:

Na média semanal (de 15 a 22 de novembro), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou R$ 0,29/litro (ou -8,3%) abaixo do preço do Golfo do México.

No período em análise, o preço do barril de petróleo tipo Brent permaneceu sob influência dos efeitos da pandemia do coronavírus (Covid-19). O número de casos registrados na Europa manteve crescimento constante, e o continente está oficialmente enfrentado uma quarta onda de infecções da doença. Segundo Hans Kluge, diretor regional da Organização Mundial da Saúde (WHO, na sigla em inglês) na Europa, “Covid-19 se tornou novamente a causa número um de mortes em nossa região”. Diversos governos europeus voltaram a promover medidas restritivas após as elevações no número de casos, com destaque à Áustria, República Tcheca, Eslováquia e Holanda, nos quais as novas políticas sanitárias já têm efeito. Na Alemanha e no Reino Unido, os governos conversam acerca da implementação de restrições. O retorno de medidas restritivas encontra forte resistência da população, que se manifestou contra as decisões de seus governos na Holanda e na Áustria, colocando em xeque a eficácia de tais decisões. Portanto, apesar do crescimento exponencial de casos na Europa, o impacto da quarta onda sobre a demanda ainda é incerto, enquanto os agentes do governo definem seus próximos passos, os mercados observam com temor a possibilidade de um novo choque no downside.

Os dados oficiais de estoques de petróleo nos Estados Unidos (EUA), divulgados na última semana, indicaram queda nos estoques da commodity. De acordo com o relatório semanal da Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês), os estoques norte-americanos de petróleo se decresceram 2,1 milhões de barris, chegando a 433 milhões ao final do período de análise, volume 7% menor do que a média dos últimos cinco anos. Para além, o relatório reportou, também, queda de 0,7 milhões de barris nos estoques norte-americanos de gasolina, que atualmente se encontra em nível 4% menor do que a média dos últimos cinco anos.

A cotação da commodity foi influenciada, também, pela publicação do Oil Market Report – November 2021, da Agência Internacional de Energia (IEA). A agência prevê crescimento de 1,5 milhão de barris por dia (b/d) na oferta mundial de petróleo durante os meses de novembro e dezembro. Segundo a organização, “O mercado internacional de petróleo certamente continua em um aperto, porém, uma represália ao movimento altista pode estar no horizonte.” Ainda de acordo com o relatório mais recente da IEA, os dados apontam para um cenário de sobreoferta da commodity em 2022, com crescimento da produção de não participantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+), junto a uma demanda em níveis inferiores ao período pré-pandêmico.

Ao longo da última semana, o preço do barril manteve-se sob efeito das especulações acerca da liberação, ou não, de barris da reserva estratégica nacional dos EUA. O governo norte-americano busca suporte de outras nações consumidoras para que seja realizado uma ação de liberação de oferta coordenada, rumores circulam principalmente sobre a adesão de países asiáticos, como China, Índia e Japão, que também sofrem com os altos preços das commodities no mercado de energia, e compartilham do interesse em sua redução. Devido a isso, o mercado se mostrou receoso quanto as negociações que estão por vir, aguardando declarações oficiais sobre o tema. Especialistas acreditam que a baixa após divulgação dos rumores, possa ser um sinal de indexação da possível oferta adicional aos preços praticados no mercado, de forma que, caso as liberações sejam aprovadas, o impacto será mitigado.

Alguns analistas do setor avaliam que, a utilização das reservas estratégicas nacionais, pode ser vista pela OPEP+ como uma confrontação às decisões recentes do grupo, e acarretar uma revisão dos planos de acréscimo de produção já determinados.