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De acordo com a atualização mais recente, em 2 de agosto, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,24/ litro (ou -7,8%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se a desvalorização de 0,8% no preço internacional do diesel, somado a variação negativa de 0,9% na taxa de câmbio (R$/US$), com relação à semana anterior (26/7). Não houve ajustes no preço doméstico do diesel na semana em análise.

Veja o histórico dos últimos 12 meses no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 26 de julho a 2 de agosto), o preço do diesel na refinaria nacional permaneceu em R$ 0,27/litro (ou -8,7%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,53/litro (ou -16,4%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 2 de agosto. O resultado teve influência da leve variação negativa de 0,2% no preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. Não houve ajustes no preço doméstico da gasolina na semana em análise.

Acompanhe a variação nos últimos 12 meses:

Na média semanal (de 26 de julho a 2 de agosto), o preço da gasolina na refinaria nacional permaneceu R$ 0,57/litro (ou -17,4%) abaixo do preço do Golfo do México.

No período em análise, o preço do barril de petróleo tipo Brent permaneceu sob influência dos efeitos da pandemia do coronavírus (Covid-19). O fortalecimento e globalização da variante Delta já endurecem as medidas de restrição social pelo mundo, ampliando a preocupação com a demanda. Mesmo dentre os países com a imunização avançada o número de infectados e internações tem aumentado. Estados Unidos (EUA), Austrália, China e Indonésia são os países mais impactados. Dessa lista, EUA e China, respectivamente, são os maiores consumidores mundiais de petróleo. Consequentemente, a retomada e/ou aprofundamento das medidas de confinamento social podem comprometer a recuperação da economia mundial e a, consequente, demanda por energia.

Particularmente, nos EUA, os saltos nas internações e mortes reportados levam o país a reviver os temores da necessidade de medidas de restrição social mais rigorosas. Em paralelo, o relatório liberado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do país, reforçando a maior transmissibilidade e letalidade da variante Delta, alimentam a insegurança quanto a demanda futura do petróleo. Por enquanto, o verão norte-americano tem registrado alto consumo de petróleo, sobretudo dos combustíveis automotivos. Até aqui, a reativação econômica dos EUA é o principal fator de valorização do petróleo.

Na última semana, os dados da atividade econômica e reserva de petróleo nos EUA ditaram a volatidade dos preços. De acordo com o Departamento de Energia Americano (DoE), houve queda nos estoques de petróleo bruto, com a contração de 4,089 milhões de barris nos estoques semanais da commodity, na contramão das expectativas de redução em 2,2 milhões de barris. Por outro lado, o número dos pedidos de seguro-desemprego decepcionou as projeções do mercado. Embora as solicitações do auxílio tenham caído 24 mil pedidos, o total das 400 mil solicitações excedeu as estimativas máximas de 380 mil. A despeito das incertezas com a variante Delta, a cotação da última semana se encerrou com valorização do petróleo tipo Brent na cotação internacional.

A China, por outro lado, já é impactada duramente pela dispersão da variante Delta dentro das suas fronteiras. Se anteriormente os surtos nos países adjacentes reduziam as exportações chinesas, de modo a frear os índices de produtividade e o consumo das commodities, agora, os confinamentos sociais devem provocar a retração no Produto Interno Bruto (PIB) de Pequim. De acordo com o Nomura Holdings, a perspectiva do PIB chinês foi revisada negativamente, de 8,9% para 8,2%. Por enquanto, pontuais, os surtos não atingiram as zonas industriais. Entretanto, se comprometer a atividade industrial do segundo maior consumidor de petróleo mundial, o reajuste negativo pode ser maior, com possibilidade de afetar a demanda por petróleo.