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De acordo com a atualização mais recente, em 10 de setembro, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,27/ litro (ou -8,9%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se a leve desvalorização de 1,0% no preço internacional do diesel, balanceado pela valorização de 0,9% na taxa de câmbio (R$/US$), com relação à semana anterior (3/9). Não houve ajustes no preço de refinaria doméstico do diesel na semana em análise.

Veja o histórico dos últimos 12 meses no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 3 a 10 de setembro), o preço do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,28/litro (ou -8,9%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,43/litro (ou -13,3%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 10 de setembro. O resultado teve influência da queda de 1,2% no preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. O preço de refinaria nacional da gasolina, também, não foi ajustado, na semana em análise.

Acompanhe a variação nos últimos 12 meses:

Na média semanal (de 3 a 10 de setembro), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou em R$ 0,43/litro (ou -13,4%) abaixo do preço do Golfo do México.

No período em análise, o preço do barril de petróleo tipo Brent, além de permanecer sob influência dos efeitos da pandemia do coronavírus (Covid-19), também foi influenciado por um atípico comportamento chinês no mercado internacional e um novo furação no Golfo do México. O segundo semestre tem sido de desestímulo para a atividade econômica mundial. O agravamento da pandemia nos Estados Unidos (EUA) e na região da Ásia-Pacífico tem sido o principal freio para a normalização dos fluxos econômicos e de pessoas. Entretanto, embora o número de contaminados tenha aumentado, simultaneamente o processo de vacinação se acelerou. A aplicação da compulsoriedade da vacina em alguns setores públicos e produtivos nos EUA e o elevado índice de imunização na China abrandam as incertezas a longo prazo vinculadas com o COVID-19. No curto e médio prazo, os dados econômicos dos EUA e da China foram determinantes para a volatilidade no mercado do petróleo.

Na semana em análise, a cotação internacional do barril de petróleo oscilou positivamente, fechando a semana com a valorização de 0,66%. Embora a economia dos EUA tenha registrado melhora nos índices de desemprego, a revisão dos dados de produtividade de julho e agosto foram decepcionantes. Ainda que os pedidos de seguro-desemprego tenham caído 35 mil, atingindo o menor patamar de 310 mil pedidos, menor índice em 18 meses. O saldo é favorável pois excedeu as expectativas, que apontavam para uma redução mais lenta, com 335 mil pedidos.

Entretanto, de acordo com a última pesquisa do Federal Reserve (FED), a economia norte-americana tem desacelerado desde julho. A instituição aponta que a disseminação da variante Delta, problemas no fornecimento de insumos para a cadeia produtiva e a escassez de mão de obra são as principais travas. Desse modo, a previsão de consumo de energia e petróleo consequentemente diminuem com esses gargalos para o crescimento mundial. Por outro lado, a temporada de furações balanceou a equação de oferta e demanda no mercado internacional. Assim como o furação Ida, as ameaças por parte da tempestade Nicholas de interrupção na produção e refino de petróleo no Golfo do México pressionaram, no curto prazo, a cotação internacional da commodity.

Os dados semanais do estoque de petróleo bruto, disponibilizados pelo Departamento de Energia Americano (DOE), também decepcionou o mercado. A queda nos estoques, de 1,5 milhões de barris, com folga, foi inferior a expectativa dos analistas, de redução em 2,5 milhões de barris.

Na parte asiática, os dados da balança comercial chinesa, também, aliviaram tensões a respeito do quão impactado Pequim foi com os recentes surtos da variante Delta. As exportações chinesas, altamente dependente da atividade industrial e da subsequente demanda por petróleo, cresceram 25,6% na comparação com agosto do ano passado e 19,3% ante julho de 2021. A expansão das exportações era estimada em 17,1%. Em um movimento excepcional, a China, pela primeira vez, passou a vender partes de sua reserva estratégica no mercado internacional. O objetivo é frear a alta de preço do barril do petróleo e, assim, garantir que a inflação mundial não seja um obstáculo para a economia global. Por fim, o telefonema entre o presidente norte-americano, Joe Biden, e o chinês, Xi Jinping, sobre avanços diplomáticos em pontos de divergência, animou o mercado com a perspectiva de pacificação das disputas geopolíticas.