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De acordo com a atualização mais recente, em 10 de janeiro, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,53/litro (ou -13,6%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se ao aumento de 5,7% no preço internacional do diesel, e de 0,8% na taxa de câmbio (R$/US$), com relação à semana anterior (3/1). A Petrobras anunciou acréscimo de 7,98% no preço da gasolina na refinaria, a partir de 12 de janeiro, mas o impacto desse ajuste só será verificado na próxima semana.

Veja o histórico dos últimos 2 anos no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 3 a 10 de janeiro), o preço do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,44/litro (ou -11,5%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,53/litro (ou -14,5%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 10 de janeiro. O resultado teve influência do aumento de 0,9% no preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e da variação da taxa de câmbio, citada acima.  A Petrobras anunciou, também para o preço da gasolina na refinaria nacional, um ajuste de 4,85%, a partir de 12 de janeiro.

Acompanhe a variação nos últimos 2 anos:

Na média semanal (de 3 a 10 de janeiro), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou R$ 0,53/litro (ou -14,7%) abaixo do preço do Golfo do México.

No período de análise, o preço do barril de petróleo tipo Brent permaneceu sob influência dos efeitos da pandemia do coronavírus (Covid-19). Durante a segunda quinzena de dezembro, o número de casos de infecção por Covid-19 no mundo continuou a subir em ritmo alarmante, com diversos países registrando recorde de novos casos diários. Segundo o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (WHO, na sigla em inglês), Tedros Adhanom Ghebreyesus, “a Delta e a Ômicron são agora uma ameaça dupla que impulsiona o número de casos a recordes, levando a uma alta em hospitalizações e mortes.” A tendência de alta se prolongou até a primeira semana de janeiro, quando foram registrados cerca de 10 milhões de casos globais. Apesar da preocupação acerca da nova onda de contaminações, junto as medidas restritivas motivadas por ela, especialistas preveem que o impacto econômico será de menor escala do que quando comparados a outros momentos de pico nas infecções, os indicadores referentes a demanda e atividade industrial vêm resistido até o momento. Traders continuam observando com cautela os movimentos da Covid-19, os sintomas mais brandos e infecções mais curtas parecem estar se tornando a norma, refletindo os efeitos dos esforços de vacinação de agentes de saúde mundiais e diminuindo o temor de um novo choque de demanda causado pela pandemia.

Os dados oficiais de estoques de petróleo nos Estados Unidos (EUA), divulgados na última semana, indicaram queda nos estoques da commodity. De acordo com o relatório semanal da Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês), os estoques norte-americanos de petróleo diminuíram 2,1 milhão de barris, atingindo volume de 417,9 milhões ao final do período de análise, volume 8% menor do que a média dos últimos cinco anos. Para além, o relatório reportou, também, ganhos de 10,1 milhões de barris nos estoques norte-americanos de gasolina, que atualmente se encontram em nível 4% menor do que a média dos últimos cinco anos.

Na semana de referência, membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) realizaram sua 24ª Reunião Ministerial, a primeira de 2022. Teve destaque na reunião a decisão de aumentar em 400 mil barris por dia (b/d) a produção do grupo em fevereiro, a medida reflete a expectativa da OPEP+ de que o aumento do número de casos não irá afetar a demanda pela commodity no curto prazo, ponto de vista que está em linha com o que foi observado na semana anterior, e com a pressão norte-americana para incremento da oferta de petróleo.

Durante a semana de análise, a Saudi Aramco, petroleira nacional da Arábia Saudita, cortou os preços de todas as categorias de petróleo que serão enviadas a países da Ásia, e ao Nordeste Europeu, em fevereiro de 2022. A decisão sinaliza a expectativa da companhia de que a oferta extra proveniente de países da OPEP+, junto ao nível de demanda estável, pode afrouxar o mercado de petróleo no próximo mês.

Segundo o Goldman Sachs Group, o momento atual é de forte movimento altista para commodities, e pode indicar um superciclo com potencial de durar até uma década. Para o chefe global da companhia, Jeff Currie, os melhores ativos para investimentos no momento são as commodities, e se pode esperar outro ano de performances acima do esperado de companhias do setor.