Vendas do campo de Frade e da RLAM indicam continuidade dos desinvestimentos da Petrobras
A conclusão da venda do campo de Frade, na Bacia de Campos, para a PetroRio e o avanço na negociação com o fundo soberano de Abu Dhabi Mubadala para a venda da refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, indicam a continuidade do programa de desinvestimentos da Petrobras, de acordo com avaliação do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
Em relatório semanal, o instituto ressaltou o fato de o Mubadala ter vencido o processo concorrencial para a compra da RLAM, oferecendo US$ 1,65 bilhão pelo negócio. A assinatura de compra e venda da refinaria e demais ativos associados ainda depende de algumas aprovações, segundo a Petrobras.
“A venda da RLAM corresponde à primeira venda do programa de desinvestimento de ativos de refino da Petrobras no Brasil”, destacou o CBIE, acrescentando que a iniciativa faz parte de termo assinado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), para abrir o mercado de refino no país.
O avanço no processo de venda da refinaria baia se dá em um momento de intensa discussão sobre o preço dos combustíveis no Brasil.
Com relação à conclusão venda da participação de 30% da Petrobras em Frade para a PetroRio, o CBIE lembra que a alienação do ativo faz parte da estratégia da petroleira de melhorar sua situação financeira e focar seus investimentos em exploração e produção (E&P) nos campos do pré-sal, que podem gerar uma taxa de retorno mais atrativa para a empresa.
Com relação à PetroRio, que já possuía os 70% remanescentes em Frade, o negócio consolida a posição da companhia como uma grande companhia focada em produção de petróleo em campos maduros, segundo o CBIE.