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No informe de hoje, 27 de junho, divulgamos os dados diários e semanais do CBIE sobre defasagem da gasolina, diesel e GLP.

De acordo com os dados reunidos ao longo da semana, segue a defasagem média do diesel, gasolina e GLP* nas refinarias nacionais em relação aos preços internacionais. A análise é referente ao período entre 19 e 26 de junho de 2025.

Cenário Internacional – No período de análise, os contratos futuros do petróleo e seus derivados registraram perdas extraordinárias, revertendo os ganhos observados na semana anterior. Novos desenvolvimentos do conflito entre Irã e Israel foram as principais influências sobre as negociações de ativos da indústria de Óleo e Gás (O&G), que também foram impactadas pela divulgação do acompanhamento dos estoques comerciais norte-americanos.

Logo após o fim de semana, o barril recebeu suporte do ataque norte-americano as principais infraestruturas nucleares do Irã, que alimentou especulações sobre um possível fechamento do Estreito de Ormuz e elevação das tensões regionais. Contrariando a expectativas de analistas, entretanto, o Irã se mostrou cauteloso ao longo do dia. Os movimentos do barril se inverteram completamente, entrando em território de perdas, quando o Irã anunciou sua retaliação à agressão dos Estados Unidos (EUA). Apesar das promessas de uma resposta dura, a operação do país se limitou a apenas uma base militar norte-americana no Qatar e foi anunciada antes da realização. Consequentemente, todos os mísseis iranianos foram interceptados pelo Qatar, sem qualquer dano às instalações dos EUA, contrariando as apostas de que esse poderia ser o início de uma fase mais intensa do conflito.

Em seguida, a pressão sobre as negociações do barril de petróleo foi mantida pelo anúncio de Donald Trump, presidente dos EUA, de uma trégua entre Israel e Irã. Apesar de ataques entre as duas partes terem continuado ao longo do dia, declarações de oficiais de ambos os países reforçaram a perspectiva de um arrefecimento do conflito. A desvalorização se acelerou após Trump afirmar que a China poderá continuar comprando petróleo iraniano sem obstruções, sugerindo a possibilidade de redução das sanções norte-americanas sobre a república islâmica em breve.

Por fim, consolidando as perdas, representantes da Rússia afirmaram que o país está aberto para um novo aumento das metas de produção a partir de julho. A declaração alimentou a perspectiva de sobreoferta no curto prazo, somando-se a possibilidade de retirada das sanções norte-americanas sobre o petróleo iraniano.

Vale notar, ainda que de forma pontual, o suporte da divulgação do Weekly Petroleum Status Report, da U.S. Energy Information Agency (EIA). O relatório apontou para uma retirada substancial dos estoques comerciais de petróleo dos EUA e para um incremento da demanda nacional por gasolina, que alcançou o patamar mais elevado em 3 anos e meio.

Petróleo Brent: Entre 19 e 26 de junho, os contratos futuros do petróleo tipo Brent registraram desvalorização de 14,10%, iniciando o período em US$ 78,85/b e fechando em US$ 67,73/b.

Cenário Nacional: A Petrobras não realizou ajustes nos preços dos produtos vendidos em suas refinarias no período de análise.

Taxa de Câmbio: Entre 19 e 26 de junho, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar teve variação de +0,48%, iniciando o período em R$ 5,49/US$ e fechando em R$ 5,51/US$.

Leia aqui o relatório completo, incluindo versão em inglês.