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No informe de hoje, 13 de junho, divulgamos os dados diários e semanais do CBIE sobre defasagem da gasolina, diesel e GLP.

De acordo com os dados reunidos ao longo da semana, segue a defasagem média do diesel, gasolina e GLP* nas refinarias nacionais em relação aos preços internacionais. A análise é referente ao período entre 5 e 12 de junho de 2025.

Cenário Internacional – No período de análise, os contratos futuros do petróleo e seus derivados registraram ganhos substanciais. As negociações do petróleo foram impactadas por uma série de eventos ao longo da semana, sendo os mais relevantes os novos desenvolvimentos geopolíticos no Oriente Médio e o progresso das negociações comerciais entre Estados Unidos (EUA) e China.

No primeiro dia do recorte, a oferta canadense reduzida, em função da temporada de incêndios florestais na província de Alberta, se somou a perspectiva de queda da produção norte-americana no curto prazo, devido ao baixo número de plataformas ativas no país. Segundo relatório da Baker Hughes, a quantidade de unidades em operação no país alcançou o pior patamar em 3 anos e meio.

Em seguida, o petróleo recebeu suporte de sinais de progresso nas negociações entre EUA e a China. Howard Lutnick, Secretário de Comércio dos EUA, declarou que a primeira rodada de conversas entre os países foi “frutífera”, alimentando o otimismo de analistas sobre o arrefecimento das tensões e barreiras comerciais ainda no curto prazo. Na abertura da sessão do próximo dia, o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que o acordo comercial de seu país com a China está “feito”, confirmando as expectativas de observadores.  Além de celebrar o sucesso das negociações com China, Donald Trump também expressou incerteza quanto às conversas sobre o acordo nuclear do Irã, falando que está “menos confiante” de que conseguirá convencer o país a encerrar seu programa nuclear.

Durante uma porção significativa do último dia de referência, o petróleo recebeu suporte da deterioração da percepção de segurança no Oriente Médio após autoridades norte-americanas ordenarem a retirada de parte dos funcionários da embaixada dos EUA em Bagdá, capital do Iraque. A ordem foi motivada por declarações do Irã de que, caso o país seja atacado, as bases norte-americanas na região se tornariam alvos militares. A declaração do Irã, por sua vez, se deu após o surgimento de diversos rumores de que Israel estaria estudando a possibilidade de ataques aéreos à infraestrutura nuclear iraniana.

No final do recorte, novas declarações de Donald Trump limitaram a valorização do barril. Segundo o líder de estado, durante as próximas duas semanas, ele pretende enviar cartas para dúzias de parceiros comerciais do país afim de estipular novas tarifas unilaterais. Caso a medida se concretize, as alíquotas prometidas entram em vigor após 9 de julho, o fim da pausa de 90 dias estipulada anteriormente. A possibilidade do retorno das taxas levou a desvalorização da commodity.

Petróleo Brent: Entre 5 e 12 de junho, os contratos futuros do petróleo tipo Brent registraram valorização de 6,15%, iniciando o período em US$ 65,34/b e fechando em US$ 69,36/b.

Cenário Nacional: A Petrobras não realizou ajustes nos preços dos produtos vendidos em suas refinarias no período de análise.

Taxa de Câmbio: Entre 5 e 12 de junho, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar teve variação de -1,04%, iniciando o período em R$ 5,60/US$ e fechando em R$ 5,54/US$.

Leia aqui o relatório completo, incluindo versão em inglês.