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No informe de hoje, 23 de junho, divulgamos os dados diários e semanais do CBIE sobre defasagem da gasolina, diesel e GLP.

De acordo com os dados reunidos ao longo da semana, segue a defasagem média do diesel, gasolina e GLP* nas refinarias nacionais em relação aos preços internacionais. A análise é referente ao período entre 12 e 19 de junho de 2025.

Cenário Internacional – No período de análise, os contratos futuros do petróleo e seus derivados registraram ganhos extraordinários. O maior suporte para a valorização do barril foi o início de um conflito direto entre Irã e Israel, percebido como um fator de grande risco para a estabilidade geopolítica e econômica do Oriente Médio.

Já no primeiro dia do recorte, o petróleo recebeu suporte da deterioração da percepção de segurança no Oriente Médio após autoridades norte-americanas ordenarem a retirada de parte dos funcionários da embaixada dos Estados Unidos (EUA) em Bagdá, capital do Iraque. A ordem foi motivada por declarações do Irã de que, caso o país seja atacado, as bases norte-americanas na região se tornariam alvos militares. A declaração do Irã, por sua vez, se deu após o surgimento de diversos rumores de que Israel estaria estudando a possibilidade de ataques aéreos à infraestrutura nuclear iraniana.

Confirmando os rumores, na madrugada do dia 13, Israel lançou um ataque militar de larga escala sobre a infraestrutura nuclear iraniana, iniciando efetivamente um conflito direto com a república islâmica. O maior temor de analistas do setor é de que o Irã decida pelo fechamento do Estreito de Ormuz, que conecta o Golfo Pérsico ao Golfo de Omã. A medida teria o potencial de impactar o fluxo de cerca de 20% da demanda global por petróleo. A percepção de risco se agravou quando o Irã respondeu ao ataque israelense com o lançamento de dúzias de mísseis balísticos direcionados a Tel Aviv e Haifa.

Até o último dia de análise, o conflito entre Israel e Irã continuou no centro das negociações do setor de Óleo e Gás (O&G), alimentado por novos comentários de Donald Trump. Contrariando a aposta otimista de que uma via diplomática estaria aberta, o presidente norte-americano alegou que não buscou o Irã para negociações de paz “de forma alguma” e, que, um “fim permanente e não um cessar-fogo”, seria o objetivo da campanha militar atual. A valorização do barril se intensificou em função do encontro de Donald Trump com sua equipe de segurança nacional, no Pentágono. A reunião alimentou a expectativa de que os EUA podem juntar-se oficialmente à guerra em breve, especialmente após Trump afirmar que ele busca uma “rendição incondicional” por parte do Irã.

Petróleo Brent: Entre 12 e 19 de junho, os contratos futuros do petróleo tipo Brent registraram valorização de 13,68%, iniciando o período em US$ 69,36/b e fechando em US$ 78,85/b.

Cenário Nacional: A Petrobras não realizou ajustes nos preços dos produtos vendidos em suas refinarias no período de análise.

Taxa de Câmbio: Entre 12 e 19 de junho, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar teve variação de -0,92%, iniciando o período em R$ 5,54/US$ e fechando em R$ 5,49/US$.

Leia aqui o relatório completo, incluindo versão em inglês.