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De acordo com a atualização mais recente, em 26 de setembro, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,28/litro (ou 6,1%) acima do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se à queda de 4,1% no preço internacional do diesel e do aumento de 2,3% da taxa de câmbio (R$/US$), com relação à semana anterior (19/9). Em 20 de setembro, a Petrobras reduziu em 5,8% o preço do diesel nas refinarias nacionais.

Veja o histórico dos últimos 2 anos no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 19 a 26 de setembro), o preço do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,27/litro (ou 5,83%) acima do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,28/litro (ou -7,9%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 26 de setembro. O resultado teve influência da leve redução de 0,3% do preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. Durante o período de referência, não houve reajustes no preço da gasolina nas refinarias nacionais.

Acompanhe a variação nos últimos 2 anos:

Na média semanal (de 19 a 26 de setembro), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou próxima à paridade internacional, ficando R$ 0,23/litro (ou -6,5%) abaixo do preço no Golfo do México.

Na semana de análise, o barril de petróleo registrou a sua maior sequência de perdas de 2022, alimentada pela persistência das projeções de recessão para o curto prazo. O banco central dos Estados Unidos (EUA), FED como é chamado no país, manteve o ritmo de aumentos da taxa de juros, observado ao longo dos últimos 2 meses. Durante o período, o dólar atingiu sua cotação mais alta em 20 anos, enquanto a libra viu um dos seus piores desempenhos na história, após a nova primeira-ministra, Liz Truss, anunciar um pacote de isenção fiscal no Reino Unido. O posicionamento agressivo do FED está sendo seguido por uma gama de bancos centrais em diversos países, como na Alemanha e no Japão. Os governos nacionais se esforçam na luta contra a inflação e o alto custo de vida, ambos decorrentes da atual crise energética e de alimentos.

Declarações e rumores associados à política de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), também, impactaram nas negociações, sendo um freio para a queda de preços. Segundo o ministro de petróleo da Nigéria, Timipre Sylva, caso a commodity mantenha a tendência de queda das últimas semanas, o grupo de produtores será obrigado a realizar cortes nos volumes entregues aos mercados a partir do próximo mês. Para além, no final do recorte em análise, a agência de notícias Reuters divulgou rumores de que o presidente russo, Vladimir Putin, teria solicitado aos membros da OPEP+ uma redução de 1 milhão de barris por dia (b/d). Caso concretizado, tal corte poderia exercer maior pressão sobre a oferta global, que permanece restrita, e proporcionar um aumento dos preços, no entanto, o impacto desses acontecimentos agiu mais como um colchão para frear a queda do barril.

A divulgação dos dados do setor energético norte-americano, também, foram cruciais para a precificação do energético e seus derivados no período. De acordo com o relatório semanal da Administração de Informação de Energia dos EUA, EIA na sigla em inglês, a demanda por diesel e gasolina na semana terminada em 16 de setembro ficou aquém das expectativas de especialistas. O consumo de diesel ficou, pelo segundo levantamento consecutivo, abaixo dos níveis de 2020, enquanto a demanda da gasolina atingiu o menor registro sazonal desde 1997. Os resultados reforçaram a percepção de que a economia do país está se aproximando de um período de contração.

No setor financeiro, a fuga de investidores de contratos futuros de ativos do segmento energético vem enfraquecendo as negociações dos mercados. Segundo informações da Reuters, ao longo de 16 semanas, desde o início de junho, fundos de investimento liquidaram o equivalente 186 milhões de barris, contando os futuros de seis produtos derivados do petróleo. O maior impacto é visto nas negociações de destilados intermediários, como diesel e óleo combustível, cuja maior utilização é voltada para alimentar o comércio global. Contando somente a semana anterior à análise, o diesel nos EUA e o óleo combustível na Europa, viram a liquidação do equivalente a 3 milhões e 15 milhões, respectivamente.