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De acordo com a atualização mais recente, em 16 de maio, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,38/litro (ou -7,2%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se a queda de 2,3% no preço internacional do diesel, e de 1,3% da taxa de câmbio (R$/US$) com relação à semana anterior (2/5). A Petrobras realizou reajuste de 8,9% no preço médio do diesel em suas refinarias, a partir de 10 de maio.

Veja o histórico dos últimos 2 anos no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 9 a 16 de maio), o preço do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,66/litro (ou -11,9%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 1,69/litro (ou -30,4%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 16 de maio. O resultado teve influência do crescimento de 12,9% no preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. Durante o período de referência não houve reajustes no preço da gasolina nas refinarias nacionais.

Acompanhe a variação nos últimos 2 anos:

Na média semanal (de 9 a 16 de maio), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou R$ 1,48/litro (ou -27,6%) abaixo do preço do Golfo do México.

No período de análise, a cotação do barril foi influenciada pela expectativa do lançamento de um novo pacote de sanções pela União Europeia (UE) à Rússia, e do anúncio de fim das medidas restritivas em Xangai. Ao final da semana, o preço do barril voltou ao patamar de US$ 110/b, com as maiores preocupações voltadas para a manutenção da oferta no curto prazo, após o prefeito de Xangai declarar que o fim do “lockdown” na cidade está previsto para 1º de junho.

Ao longo da semana, os países membros da UE tentaram alcançar uma posição comum, em relação aos termos e prazos, para o banimento da importação de petróleo russo em todo seu território. No entanto, a Hungria manteve sua posição contrária à medida, alegando que os danos à sua economia seriam críticos. O novo pacote de sanções incluiria, não só a suspensão da importação do energético russo até o fim do ano vigente, como também diretrizes para que embarcações e companhias de frete de países membros não transportem o insumo. A execução da medida colocaria em risco a oferta no mercado internacional, e por consequência, os rumores acerca de sua divulgação tiveram efeito altista na cotação do barril.

Além dos avanços no conflito econômico entre a União Europeia e a Rússia, a Agência Internacional de Energia (IEA) e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), liberaram seus relatórios mensais do mercado de petróleo referentes a abril de 2022. A IEA prevê um crescimento da demanda mundial de 1,8 milhões de barris por dia (b/d) em 2022, até o nível de 99,4 milhões de b/d. Já a OPEP, projetou um acréscimo anual de 3,4 milhões de b/d para 2022, com a demanda mundial alcançando 100,3 milhões b/d ao fim do ano. Ambas as organizações destacaram em suas análises os impactos negativos de questões geopolíticas e sanitárias sobre os indicadores de mercado.

Outros fatores exercendo pressão positiva sobre o preço da commodity são os níveis de estoque globais e a escassez de derivados, sobretudo do diesel. Os inventários internacionais de petróleo caíram 45 milhões de barris em março, e agora tem perda acumulada de 1,2 bilhões de barris desde junho de 2020, sinalizando um desequilíbrio entre os níveis de oferta e demanda. Os derivados, por sua vez, vêm impulsionando os preços do petróleo bruto, devido à queda na produção dos energéticos em abril, de 1,4 milhões de b/d, com atenção a produção reduzida na China, dada sua baixa atividade econômica e industrial no mês, e à retirada de 560 mil toneladas de diesel russo do mercado em razão das sanções econômicas.