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O combustível utilizado nas naves espaciais possui diversos componentes para ter força e impulso para sair da atmosfera terrestre. Essas substâncias ficam localizadas nos foguetes, que são estruturas desenvolvidas especialmente para colocar uma nave, sonda ou satélite espacial em órbita. Um ônibus espacial, por exemplo, utiliza dois foguetes auxiliares.

Devido a força da gravidade e da pressão atmosférica, as substâncias utilizadas precisam, através de reações químicas, gerar energia suficiente para serem capazes de lançar o foguete para o espaço. Atualmente, a nave espacial mais rápida é a Voyager 1, capaz de voar a 16,9 quilômetros por segundo. Já um ônibus espacial deve alcançar uma velocidade de cerca de 28 mil km/h para permanecer na órbita terrestre.

Entre os principais compostos utilizados estão o hidrogênio líquido, oxigênio líquido, hidrazina e outros. A hidrazina, assim como outras substâncias, é altamente tóxica e sua manipulação requer a utilização de roupas de proteção e tanques de oxigênio, o que torna o processo de abastecimento demorado e perigoso.

Um ônibus espacial decola com mais de 3 milhões de litros de combustíveis, que somados, pesam cerca de 728 toneladas. Para comportar este volume, um tanque de combustível de um ônibus espacial possui cerca de 50 metros de largura e pode pesar até 30 toneladas vazio. Ainda assim, essa quantidade não é suficiente para que ele seja capaz de sair da orbita terrestre e chegar na lua.

Ver um tanque de um ônibus espacial é raro, pois eles carregam propulsores, que se destacam das naves a cerca de 100 km acima da superfície da Terra após o lançamento, e queimam na atmosfera no caminho de volta.

Atualmente, a Nasa está testando opções menos poluente, composto por um líquido não tóxico e que poderá ser utilizado futuramente em missões espaciais, através da Green Propellant Infusion Mission (GPIM) ou Missão de Infusão de Propulsante Verde. A primeira vez que este combustível foi utilizado foi em junho de 2019, no foguete SpaceX Falcon Heavy. Esta foi a primeira vez em 50 anos que a Nasa um combustível de alta performance no espaço, e até agora ele tem mostrado resultados satisfatórios e promissores. A alternativa verde, combina nitrato de Hydroxylammonium e amónio com um oxidante que permite que ele queime, criando uma alternativa à hidrazina.

(Fonte: CBIE)