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De acordo com a atualização mais recente, em 18 de julho, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,28/litro (ou 5,2%) acima do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se à queda de 4,2% no preço internacional do diesel, e ao aumento de 0,4% da taxa de câmbio (R$/US$) com relação à semana anterior (11/7). Durante o período de referência não houve reajustes no preço do diesel nas refinarias nacionais.

Veja o histórico dos últimos 2 anos no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 11 a 18 de julho), o preço do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,15/litro (ou 2,7%) acima do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,34/litro (ou -7,7%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 18 de julho. O resultado teve influência da redução de 9,6% do preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. Em 19 de julho, a Petrobras anunciou reajuste de -4,93% no preço da gasolina nas refinarias nacionais, com efeito a partir de 20 de julho, que poderá ser visualizado na próxima análise semanal.

Acompanhe a variação nos últimos 2 anos:

Na média semanal (de 11 a 18 de julho), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou R$ 0,46/litro (ou -10%) abaixo do preço do Golfo do México.

Na semana de referência, a cotação do barril de petróleo apresentou alto nível de volatilidade, em resposta ao cenário internacional conturbado. Entre 11 e 12 de julho, o preço do contrato futuro mais próximo do Brent sofreu variação negativa de 7,1%, equivalente a perda de US$ 7,61 por barril (US$/b) em termos absolutos. Em seguida, no dia 18 de julho, o ativo teve ganhos de 5,1%, ou US$ 5,11/b. A variação expressiva é explicada pelo período de fortes pressões especulativas, em função, tanto da expectativa sobre recessão quanto por fatores estruturais dos mercados de óleo e gás internacionais.

Durante o período de análise, nas negociações da commodity prevaleceu a tendencia de baixa, em função dos diferentes sinais de recessão econômica. Nos Estados Unidos (EUA), o Banco Central manteve sua posição agressiva, proporcionando uma valorização expressiva do dólar frente à moedas estrangeiras, em especial o Remimbi e o Euro. A moeda europeia, em 13 de julho, pela primeira vez em 20 anos, ficou em paridade com o dólar, o que sinaliza aos mercados um enfraquecimento comercial da região. Considerando a última experiência de recessão global, traders de óleo e gás vem ajustando suas expectativas de preço para um patamar inferior ao que foi observado na primeira metade de 2022.

O aumento de casos de coronavírus (Covid-19), em todo o mundo, preocupa agentes de saúde e pode impulsionar uma nova rodada de medidas restritivas. Na China, 699 novas infecções foram registradas em 18 de julho, enquanto cerca de 30 milhões de habitantes continuam sob efeito de alguma restrição. Nos EUA, em 17 de julho, a média móvel de casos atingiu o maior valor em 5 meses. E, no Japão, 110 mil novos casos foram registrados em 16 de julho, número recorde no país desde o início da pandemia do Covid-19. Junto com o crescimento de casos, vem o temor de que um novo choque de demanda possa ocorrer no curto prazo.

Outros importantes fatores que sustentaram a recuperação dos preços ao final da semana de análise foram: a viagem do presidente norte-americano, Joe Biden, à Arábia Saudita, e o decréscimo dos estoques da commodity. O líder do executivo dos EUA havia anunciado a pretensão da formação de um acordo com o país anfitrião, objetivando o incremento da produção de petróleo saudita, porém nada foi divulgado após o fim do encontro. A Vortexa, companhia de inteligência do setor, divulgou que, na semana terminada em 15 de julho, o volume de óleo armazenado em tankers caiu 6,3%, para o menor nível desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia.