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De acordo com a atualização mais recente, em 25 de julho, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,43/litro (ou 8,3%) acima do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se à queda de 3,9% no preço internacional do diesel, e ao aumento de 0,9% da taxa de câmbio (R$/US$) com relação à semana anterior (18/7). Durante o período de referência não houve reajustes no preço do diesel nas refinarias nacionais.

Veja o histórico dos últimos 2 anos no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 18 a 25 de julho), o preço do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,33/litro (ou 6,2%) acima do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,59/litro (ou -13,2%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 25 de julho. O resultado teve influência do aumento de 0,3% do preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. Em 20 de julho, a Petrobras reduziu 4,93% no preço da gasolina nas refinarias nacionais.

Acompanhe a variação nos últimos 2 anos:

Na média semanal (de 18 a 25 de julho), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou R$ 0,45/litro (ou -10,3%) abaixo do preço do Golfo do México.

No período de análise, os contratos do barril de petróleo foram, novamente, pressionados pela especulação de eventos econômicos e geopolíticos, apresentando volatilidade similar às semanas anteriores. Ao redor do mundo, os casos de coronavírus (Covid-19) continuam crescendo, assim como as previsões de recessão iminente por parte de especialistas do setor financeiro e bancário, ambos lançando uma onda de sentimento baixista sobre as previsões do curto-prazo. Com o retorno da produção libanesa, restrita desde abril em função de conflitos políticos no país, o fator logístico que deu maior suporte aos preços da commodity foram problemas operacionais no gasoduto Keystone, responsável pelo transporte da produção canadense ao ponto de entrega de Cushing, em Oklahoma, nos Estados Unidos (EUA).

Desta vez, é importante notar a persistência da tendência de baixa no preço dos combustíveis automotivos no cenário internacional, sobretudo da gasolina. Apesar da cotação do insumo principal de sua cadeia ter registrado ganhos pontuais durante a semana, em 20 de julho, o preço médio do derivado aos consumidores norte-americanos apresentou queda pelo 36º dia consecutivo. A queda pode ser explicada por um consumo abaixo do esperado em um período tradicionalmente de pico. Este ano, a demanda pelo combustível nos EUA, no auge do verão no Hemisfério Norte, ficou acima, somente, dos dados de 2020, ano fortemente impactado pelas medidas restritivas da pandemia do Covid-19, sendo o segundo menor nível observado nos anos 2000.

Segundo declaração do Kremlin, em 21 de julho, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, discutiu, através de ligação telefônica, com o líder saudita, Princípe Mohammed Bin Salman, maior cooperação entre os membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+). A relação de parceria comercial entre os dois países, somadas ao fato de a conversa ocorrer logo após a visita do presidente dos EUA, Joe Biden, ao Oriente Médio, intensificam as expectativas sobre a próxima reunião da OPEP+, marcada para 3 de agosto, agregando risco político às negociações do petróleo.

Outra movimentação geopolítica importante para os mercados da commodity foi o retorno da pauta de sanções contra à Rússia aos olhos da mídia e do mercado. A secretária do Departamento do Tesouro Nacional dos EUA, Janet Yellen, reiterou a urgência do plano de preço-teto sobre o óleo russo, para cortar o fluxo de “petrodólares” ao Kremlin. Já a União Europeia (UE), com o mesmo objetivo, está focada em sancionar os seguradores de navios de transporte do energético, a fim de impedir que os carregamentos alcancem os mercados. Segundo estimativas da UE, o preço-teto atingiria somente alguns fornecedores, enquanto a medida sobre as seguradoras poderia ter um impacto generalizado.