Diesel e gasolina nas refinarias nacionais se mantiveram próximos à paridade internacional

De acordo com a atualização mais recente, em 6 de setembro, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,11/litro (ou -2,2%) acima do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se à redução de 9% no preço internacional do diesel, e do aumento de 3,6% da taxa de câmbio (R$/US$) com relação à semana anterior (29/8). Durante o período de referência não houve reajustes no preço do diesel nas refinarias nacionais.
Veja o histórico dos últimos 2 anos no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 29 de agosto a 6 de setembro), o preço do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,08/litro (ou 1,69%) acima do preço no Golfo do México (EUA).
O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,14/litro (ou -4%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 6 de setembro. O resultado teve influência da redução de 15,4% do preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. Durante o período de referência a Petrobras reduziu em 7,06% o preço de venda da gasolina nas refinarias nacionais.
Acompanhe a variação nos últimos 2 anos:

Na média semanal (de 29 de agosto a 6 de setembro), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou próxima à paridade internacional, ficando R$ 0,11/litro (ou -2,8%) abaixo do preço no Golfo do México.
Durante a semana de referência, os mercados de petróleo apresentaram forte tendência de queda, liderada, sobretudo, pela especulação acerca do impacto do retorno das medidas restritivas na China. A cotação do barril vem de uma trajetória altamente volátil, marcada por movimentos bruscos e intensa especulação em torno das interrupções diretas nas cadeias produtivas de óleo e gás e em função dos efeitos indiretos de resultados do setor financeiro. No período, de forma indireta, o impacto veio de um forte desempenho do dólar, que atingiu sua valorização mais alta dos últimos 20 anos, exercendo pressão sobre economias mais vulneráveis, como a da Europa.
Em 5 de setembro, foi realizada a 32ª Reunião Interministerial da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+). Como reação à queda do preço do barril de petróleo nas últimas semanas, a organização concordou na redução de 100 mil barris por dia (b/d) a partir de outubro. A decisão representa a primeira redução da meta de produção do grupo desde abril de 2020. Apesar do peso da medida, o mercado reagiu fracamente ao anúncio, sobretudo em função das preocupações quanto a demanda no curto prazo.
O fator de maior impacto nos movimentos especulativos da cotação da commodity foi o retorno da política de “Covid zero” na China. A implementação de toques de recolher e novas ondas de testagem em massa na província vieram em resposta à novos picos de casos em algumas regiões do país, principalmente nas províncias de Fujian e Xangai. O mercado reagiu bruscamente ao anúncio, com preocupação em relação à demanda no curto e médio prazo do mercado consumidor chinês, um dos maiores centros de consumo de petróleo e derivados no mundo. Assim, o preço do barril apresentou quedas consecutivas ao longo da semana em razão da preocupação crescente sobre a demanda chinesa.