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<em><a href=”http://bit.ly/2UKcool”>Por Kellen Severo do Canal Rural, para o UOL</a></em>

<a href=”https://cbie.com.br/imprensa/diesel-entenda-a-polemica-sobre-o-reajuste-do-combustivel/attachment/mkt_2019_uol_canal-rural-diesel-entenda-polemica-reajuste/” rel=”attachment wp-att-2595″><img class=”wp-image-2595 size-large” src=”http://cbie.com.br/wp-content/uploads/2019/04/MKT_2019_UOL_Canal-Rural-Diesel-entenda-polemica-reajuste-1024×551.png” alt=”Diesel: entenda a polêmica sobre o reajuste do combustível” width=”668″ height=”359″ /></a> Veja entrevista do professor Adriano Pires ao Canal Rural do UOL. (Foto: Reprodução)

RIO – Nesta sexta-feira as atenções estiveram voltadas para a política de preços de combustível que deverá ser adotada pelo governo Bolsonaro no Brasil de agora em diante, isso porque o presidente determinou na quinta-feira que a Petrobras voltasse atrás na decisão de aumentar em quase 6% o preço do diesel nas refinarias a partir de hoje.  No mercado financeiro, os investidores viram a medida com desconfiança e avaliaram como sinal de que o governo pode fazer intervenções nos preços dos combustíveis, isso remeteu a política de congelamento de preços do governo Dilma que foi uma das responsáveis por perdas financeiras na Petrobras. As ações da Petrobras chegaram a cair 7% no pregão desta sexta-feira.

Afinal, por que a Petrobras quer elevar o preço do diesel? Um dos motivos apontados por especialistas é que o preço do petróleo subiu no mercado internacional.  Aqui no Brasil os preços acompanham a variação do mercado internacional e por conta da alta no exterior a estatal avaliou que o reajuste seria necessário.

O agronegócio teme novas altas nos preços do diesel, já que o combustível impacta no valor do frete e frete é um dos principais custos do setor agropecuário, que está escoando a safra de soja neste momento. No Mercado &amp; Cia, programa do Canal Rural que apresento, perguntamos para os telespectadores se o presidente acertou ao impedir a alta do diesel, 91% disseram que sim. Na próxima terça-feira, o presidente Bolsonaro vai ter uma reunião com membros da Petrobras para decidir quais medidas devem ser adotadas sobre o assunto daqui para frente.

O <strong>diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires,</strong> diz que o presidente errou ao intervir no preço dos combustíveis. Veja:

Kellen Severo – O presidente Bolsonaro acertou em impedir a alta do diesel?

<strong>Adriano Pires</strong> – Ele errou. Eu acho que isso foi uma decepção para o mercado. O mercado não esperava essa atitude do presidente Bolsonaro. Até porque o tempo todo estava se falado da Petrobras ter independência e autonomia na política de preços. O que está acontecendo é que, de janeiro até ontem, o preço do petróleo subiu 59%, então, se você for seguir a política de mercado internacional, o que todo mundo espera, teria que ter um aumento aí.

Kellen – Por quanto tempo o governo vai conseguir segurar essa alta de quase 6% que estava prevista para hoje?

<strong>Adriano Pires</strong> – A gente tem que torcer pra ter uma reversão no mercado internacional. Se a gente der a sorte de o preço do barril parar com essa trajetória de alta e começar a cair, aí o governo pode adiar bastante e até esse aumento ser menor lá na frente.

Kellen – Existe tendência para que isso ocorra?

<strong>Adriano Pires</strong> – Eu acho que hoje não. A tendência é de o preço continuar, talvez, subindo um pouco, eu não vejo nenhuma mudança no mercado internacional que de fato esse preço vai cair de uma maneira muito grande que evite o aumento nos preços brasileiros. Agora, eu acho que é possível o governo continuar com a política de seguir a tendência do mercado internacional no preço do diesel e  gasolina e a gente vai continuar tendo essa pressão de aumento no preço do diesel no mercado interno. Eu acho que a gente tem que ter uma solução definitiva pra isso, não pode ficar na mão do mercado internacional e acredito que a solução definitiva passa pela criação de um fundo de estabilização de preços de combustíveis no Brasil.

Assista a entrevista completa:

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<em><a href=”http://bit.ly/2UKcool”>(Fonte: UOL)</a></em>