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É preciso pragmatismo para que o país tenha metas de transição energética realmente eficazes, escreve Adriano Pires

Durante as últimas 2 décadas, as fontes renováveis, como a eólica e a solar fotovoltaica, viram suas participações nas matrizes energéticas crescerem de forma consistente anualmente no Brasil e no mundo. Embora a expansão das renováveis e a redução de seus custos de instalação sejam tendências positivas para o processo de transição, é crucial levar em conta o “custo invisível” criado pela falta de planejamento adequado, que acabou promovendo uma expansão desordenada dessas fontes intermitentes. Basta ver o que está ocorrendo na Califórnia.


A produção de energia eólica e solar é intrinsecamente intermitente. Portanto, sua inclusão em um sistema integrado por várias outras fontes demanda uma série de salvaguardas e mecanismos compensatórios, a fim de certificar a estabilidade e a segurança do fornecimento. A resiliência garantida ao sistema por essas medidas é chamada de flexibilidade operativa.

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Publicado originalmente pelo Poder360.