Preço da gasolina em refinarias da Petrobras acumula alta de 21,5% em 2019
<a href=”https://cbie.com.br/imprensa/preco-da-gasolina-em-refinarias-da-petrobras-acumula-alta-de-215-em-2019/attachment/mkt_2019_imagem_destacada_cbie_na_midia_folha_20_03_1160x400pxls/” rel=”attachment wp-att-2208″><img class=”size-full wp-image-2208″ src=”http://cbie.com.br/wp-content/uploads/2019/03/MKT_2019_imagem_destacada_cbie_na_midia_folha_20_03_1160x400pxls.png” alt=”Preço da gasolina em refinarias da Petrobras acumula alta de 21,5% em 2019″ width=”1160″ height=”400″ /></a> Preço da gasolina em refinarias da Petrobras acumula alta de 21,5% em 2019
<a href=”http://bit.ly/2UX7VPK”><em>Por Folha de São Paulo</em></a>
SÃO PAULO – Com a escalada das cotações do petróleo, os preços da gasolina e <strong><a href=”https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/02/petrobras-eleva-em-25-preco-medio-do-diesel-nas-refinarias-a-partir-de-sabado.shtml”>do diesel</a> </strong>vendidos pela <strong><a href=”https://www1.folha.uol.com.br/colunas/mercadoaberto/2019/01/petrobras-vende-diesel-abaixo-de-preco-internacional.shtml”>Petrobras</a></strong> dispararam em 2019.
Para evitar altas maiores, segundo analistas, a estatal vem praticando valores abaixo das cotações internacionais desde o início de março.
Nesta terça-feira (19), a Petrobras vendeu o litro da gasolina em suas refinarias por R$ 1,836, 21,5% a mais do que<strong> <a href=”https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/01/apesar-de-queda-na-refinaria-preco-da-gasolina-nos-postos-fecha-2018-em-alta.shtml”>o preço praticado no fim de 2018</a>.</strong> É o maior valor desde o início de novembro do ano passado.
Já o diesel subiu 18,5% em 2019.
<a href=”https://cbie.com.br/imprensa/preco-da-gasolina-em-refinarias-da-petrobras-acumula-alta-de-215-em-2019/attachment/mkt_2019_folha_bomba-de-combustivel/” rel=”attachment wp-att-2206″><img class=”size-full wp-image-2206″ src=”http://cbie.com.br/wp-content/uploads/2019/03/mkt_2019_Folha_Bomba-de-combustível.jpg” alt=”Preço da gasolina em refinarias da Petrobras acumula alta de 21,5% em 2019″ width=”768″ height=”512″ /></a>
A recente paralisação de caminhoneiros fez com que motoristas voltassem a se preocupar em ficar de tanque vazio. (Foto: André Vizoni/Folhapress)Nesta quarta-feira (20) o presidente Jair Bolsonaro <strong><a href=”https://twitter.com/jairbolsonaro/status/1108317516932280320″>escreveu em sua conta no Twitter</a> </strong>que sabe que uma das principais reclamações do brasileiro é o preço do combustível.
“Temos conversado com os ministérios responsáveis para absorver tal demanda e até poder diversificar”, escreveu.
“Lembro que os estados carregam consigo enorme responsabilidade na tributação dos combustíveis.”
Segundo o <strong>consultor Adriano Pires, do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura)</strong>, os aumentos refletem a alta das cotações do petróleo.
A cotação do <strong><a href=”https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiJorXMq5bhAhXIJrkGHaWyB_IQFjAAegQIAxAB&url=http%3A%2F%2Fwww.oestadoce.com.br%2Feconomia%2Fgasolina-em-refinarias-da-petrobras-acumula-alta-de-215-no-ano&usg=AOvVaw2aqSmpvIc7vlyuGHlrqJ8h”>petróleo Brent</a></strong>, negociado em Londres e usado como referência internacional, subiu 26,4% em 2019.
Mas vêm em ritmo mais lento do que ocorre no mercado global, principalmente nas últimas semanas, quando o ritmo de aumento das cotações internacionais se acelerou, em uma indicação de que a <a href=”http://www.petrobras.com.br/pt/”>Petrobras</a> está segurando repasses ao mercado interno.
Em sua política de preços, implementada em julho de 2017, a Petrobras usa um conceito chamado paridade de importação, que simula o valor em que a gasolina do Golfo do México chegaria ao Brasil, incluindo a conversão em reais e custos de importação.
De acordo com a <a href=”https://abicom.com.br/”><strong>Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis)</strong></a>, esse valor subiu 13% em março.
Já a gasolina da Petrobras teve alta de 9% no mesmo período. “Vale ressaltar que a variação insuficiente foi sobre uma base já defasada”, diz a entidade.
<a href=”https://cbie.com.br/imprensa/preco-da-gasolina-em-refinarias-da-petrobras-acumula-alta-de-215-em-2019/attachment/mkt_2019_folha_grafico-defasagem/” rel=”attachment wp-att-2207″><img class=”aligncenter size-smartblogmainfull wp-image-2207″ src=”http://cbie.com.br/wp-content/uploads/2019/03/mkt_2019_Folha_grafico-defasagem.jpg” alt=”” width=”624″ height=”433″ /></a><strong>Preços baixos</strong>
Cálculos feitos pelo <strong>CBIE</strong> indicam que, <strong><a href=”https://cbie.com.br/category/dados/”>desde o início de março, a Petrobras está vendendo gasolina a preços mais baixos do que a cotação internacional</a> </strong>em quatro das cinco regiões brasileiras — a exceção é o Centro-Oeste, onde os custos logísticos são maiores.
No Sudeste, por exemplo, a diferença na segunda-feira (18) era de R$ 0,05 por litro. No Sul, de R$ 0,07.
Em fevereiro, houve momentos com defasagem e outros em que os preços brasileiros estavam superiores à cotação internacional.
Em sua política de preços de 2017, que permitiu a realização de reajustes diários, a Petrobras decidiu que venderia combustíveis com margem de lucro sobre a paridade de importação.
Segundo a empresa, na época, o objetivo era evitar a repetição de prejuízos com os preços defasados praticados durante o governo Dilma Rousseff (PT).
A política foi alvo de muitas críticas durante o primeiro semestre de 2018, quando os altos preços dos combustíveis levaram à paralisação dos caminhoneiros que travou o país por duas semanas. Para encerrar o protesto, o governo decidiu subsidiar o preço do diesel até o fim do ano.
Os questionamentos levaram o então presidente da companhia, <strong><a href=”https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/06/intervencao-branca-na-petrobras-levou-parente-a-pedir-demissao.shtml”>Pedro Parente, a pedir demissão em junho</a></strong>.
Parente era defensor da política de preços e, ao ser convidado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), recebeu garantia de que não haveria ingerência política na estatal.
Em setembro, já sob o comando de Ivan Monteiro, a Petrobras ajustou a política de preços da gasolina, liberando a sua área comercial para segurar reajustes por períodos de até 15 dias, alegando que usaria instrumentos financeiros de proteção para evitar prejuízos.
A medida foi estendida para o diesel após o fim do programa de subvenção ao preço do combustível, no fim do ano.
<h6><strong>Na bomba</strong></h6>
O movimento de alta no preço da gasolina ainda não chegou integralmente às bombas, segundo dados da <strong><a href=”http://www.anp.gov.br/”>ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis)</a></strong>, mas especialistas dizem acreditar que o petróleo se manterá em alta, pressionando o mercado interno.
A pesquisa de preços da agência mostra que o litro da gasolina foi vendido na semana passada por R$ 4,294, na média nacional.
O valor ainda é inferior aos R$ 4,344 vigentes na última semana de 2018, mas 3% superior ao verificado um mês atrás.
No caso do diesel, o preço da semana passada (R$ 3,535 por litro) é 2,43% superior ao vigente no fim de 2018 (R$ 3,451 por litro).
Na segunda-feira (18), membros da<a href=”https://www.opec.org/opec_web/en/”><strong> Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo)</strong></a> decidiram manter até junho acordo que limita a produção e sustenta os preços em alta.
O corte na produção foi decidido em dezembro, após forte queda nas cotações internacionais.
“Os fundamentos do mercado provavelmente não vão mudar nos próximos meses”, disse nesta segunda o comitê ministerial que acompanha as ações dos membros do cartel.
<em><a href=”http://bit.ly/2UX7VPK”>(Fonte: Folha)</a></em>