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De acordo com a atualização mais recente, em 23 de maio, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou em R$ 0,18/litro (ou 3,7%) acima do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se a queda de 5,7% no preço internacional do diesel, e de 5,3% da taxa de câmbio (R$/US$) com relação à semana anterior (16/5). Durante o período de referência não houve reajustes no preço do diesel nas refinarias nacionais.

Veja o histórico dos últimos 2 anos no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 16 a 23 de maio), o preço do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,01/litro (ou -0,05%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 1,00/litro (ou -20,5%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 23 de maio. O resultado teve influência da queda de 7,8% no preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. Durante o período de referência não houve reajustes no preço da gasolina nas refinarias nacionais.

Acompanhe a variação nos últimos 2 anos:

Na média semanal (de 16 a 23 de maio), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou R$ 1,22/litro (ou -23,9%) abaixo do preço do Golfo do México.

No período de análise, a cotação do barril foi influenciada, sobretudo, pela especulação acerca da duração das medidas restritivas na China, e por preocupações quanto aos níveis de estoque globais. As discussões sobre o banimento da importação de petróleo russo por países membros da União Europeia (UE) alcançaram um impasse, sem perspectiva de avanço. Segundo informações de funcionários do governo húngaro, qualquer decisão sobre a medida não será alcançada até pelo menos o início de junho. Assim, agentes do mercado viraram sua atenção momentaneamente para fora do conflito entre Rússia e Ucrânia, até que avanços, no quesito bélico ou econômico, voltem a atingir as cadeias internacionais.

Os dados oficiais de estoques de petróleo nos Estados Unidos (EUA), divulgados na última semana, indicaram queda significativa. De acordo com o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE, na sigla em inglês), os estoques norte-americanos de petróleo caíram 3,4 milhões de barris (Mb), atingindo 420,8 Mb, nível 14% inferior à média dos últimos 5 anos. Os inventários de derivados também registraram queda no período. As reservas de gasolina tiveram redução de 4,8 Mb, ficando 8% abaixo da média dos últimos 5 anos. Os baixos níveis de estoque de derivados nos EUA vêm preocupando as autoridades do país. Com os repetidos saques de estoques para compensar a defasagem entre a produção das refinarias e a demanda crescente, a tendência é que o preço dos combustíveis se descole das variações do barril de petróleo, sendo negociados em patamares mais elevados, em respostas à dinâmica interna do segmento.

Enquanto, na semana de referência, a cotação do barril flutuou em um intervalo menor que em análises anteriores, o preço dos combustíveis variou de forma mais expressiva. Para compensar os efeitos das sanções econômicas impostas contra a Rússia, países do continente europeu precisam recorrer à importação de combustíveis em centros de produção mais distantes, aumentando drasticamente o custo do frete e a competição por fornecedores com menores custos da molécula. As altas taxas de transporte e a maior demanda, pressionam os preços dos derivados, e sinalizam ao mercado problemas de escassez local.

Na China, declarações do prefeito de Xangai de que as medidas restritivas seriam retiradas no início de junho aliviaram as preocupações acerca dos danos à demanda global pela commodity. No entanto, em Pequim e arredores, medidas restritivas mais severas foram impostas, incluindo um calendário para testagem em massa da população. Apesar do crescimento econômico do país no primeiro trimestre de 2022 ter superado expectativas de especialistas, com o Produto Interno Bruto (PIB) avançando 4,8%, Ting Lu, economista chefe da companhia de finanças japonesa Nomura na China, projetou um crescimento do PIB de apenas 1,8% para a segunda metade do primeiro semestre. As estimativas para o próximo resultado trimestral incluem em seus cálculos os impactos da demanda e atividade industrial reduzidas durante os lockdowns.