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De acordo com a atualização mais recente, em 22 de março de 2021, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,04/litro (ou 1,5%) acima do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se à queda de 7,3% no preço internacional do diesel, com relação ao preço da semana anterior (15/3), combinado à redução de 1,8% na taxa de câmbio (R$/US$). Na semana em análise não houve ajuste no preço nacional de refinaria do diesel. A Petrobras anunciou redução de 3,9% no preço do diesel a partir de 25 de março.

Veja o histórico dos últimos 12 meses no gráfico abaixo:

Na média semanal (de 15 a 22 de março), o preço do óleo diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,06/litro (ou -1,7%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA).

O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,28/litro (ou -9,5%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 22 de março. O resultado teve influência da redução de 7,8% no preço internacional da gasolina, com relação à semana anterior, e da variação da taxa de câmbio, citada acima. Também teve influência da redução de 5% realizada pela Petrobras no preço de refinaria a partir de 20 de março. A companhia anunciou nova redução, de 3,7%, a partir de 25 de março, mas o efeito desse ajuste só será observado na próxima análise.

Acompanhe a variação nos últimos 12 meses:

Na média semanal (de 15 a 22 de março), o preço da gasolina na refinaria nacional ficou R$ 0,27/litro (ou -8,7%) abaixo do preço do Golfo do México (EUA).

Na semana em análise, o preço do barril de petróleo tipo Brent permaneceu influenciado pela pandemia de coronavírus (Covid-19) e seus desdobramentos. Desta vez, a preocupação com a demanda volta ao cenário diante do aumento do número de casos de Covid-19 na Europa e da lentidão no ritmo de vacinação, dado que vários países suspenderam a aplicação da vacina da AstraZeneca, em função de seus efeitos colaterais.

As referências do petróleo foram impulsionadas pelos dados positivos da produção industrial chinesa. De acordo com dados divulgados pelo país, a produção industrial subiu 35,1% no acumulado dos meses de janeiro e fevereiro, na comparação com o mesmo período do ano passado. As vendas no varejo subiram 33,8% na mesma comparação.

Por outro lado, dados fracos da economia americana contribuíram para o movimento de queda do preço do petróleo, diante do arrefecimento do otimismo com a recuperação da demanda nos Estados Unidos. Segundo o Departamento de Comercio do país, as vendas no varejo caíram 3,0% em fevereiro, na comparação com o mês anterior, valor bem abaixo do consenso dos analistas de marcado. E, a produção industrial caiu 2,2% em fevereiro, segundo dados divulgados pelo Federal Reserve (Fed), contrariando a expectativa de alta.

Os preços do barril de petróleo, ainda, foram influenciados pelo anúncio de nova alta nos estoques norte-americanos de petróleo. Além disso, o anúncio da Agência Internacional de Energia (AIE) rejeitando a ideia de um “superciclo” do petróleo nos próximos meses e afirmando que vai levar até dois anos para a demanda pela commodity voltar aos níveis pré-pandêmicos, também, impactou os preços. Segundo a AIE, o fornecimento global de petróleo continua abundante, especialmente considerando que a demanda permanece muito menor do que antes da pandemia.